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25 de Abril de 2024

Ex-traficante vira advogado e agradece juiz que lhe deu uma 2ª chance: ‘Acreditou em mim’

Publicado por ADVOCACIA DIGITAL
há 3 anos



Quando Edward Martell conheceu o juiz Bruce Morrow em 2005, ele era um ex-estudante de 27 anos que havia abandonado o colégio com uma longa ficha criminal e pensava que era uma causa perdida.

O rapaz foi indiciado por tráfico de drogas e precisou ir até um tribunal se defender. Lá, o juiz Bruce ficou sensibilizado com sua história de vida e decidiu dar a ele uma segunda chance.

Dezesseis anos se passaram, e agora, aos 43 anos, Edward ficou cara a cara com o magistrado novamente. Só que desta vez, para uma ocasião bem diferente!

Bruce empossou Edward como membro pleno da Ordem dos Advogados de Michigan, nos Estados Unidos.

Segunda chance

Segundo o jornal Washington Post, em 2005, Edward Martell foi acusado de tráfico de drogas em Dearborn Heights, no Michigan. Ele então se declarou culpado de vender e fabricar crack.

O rapaz poderia passar os 20 anos seguintes na prisão, mas ao invés disso, o juiz Bruce deu ao ex-traficante uma pena alternativa – 3 anos em regime semiaberto, permitindo que Edward retomasse os estudos e mudasse de vida.


“Posso imaginar Ed – sendo um homem negro, vindo de um ambiente economicamente deprimido, tendo sido perseguido pela polícia e algemado – nunca pensando que é daí que o amor poderia vir”, disse o juiz ao Washington Post.

“[…] Sempre acreditei que ele poderia se tornar o que quisesse“, completou o magistrado.

Jornada rumo ao diploma

Nos anos seguintes, os dois permaneceram em contato enquanto Ed continuava em sua jornada de autodescoberta e estudos. Eles conversavam um com o outro em uma rotina bimestral, para que o juiz tivesse certeza que o ex-traficante estava no caminho certo.

No entanto, o caminho até o diploma não foi fácil para Edward. Por exemplo, quando ele começou a faculdade comunitária de Direito, em 2008, foi desencorajado a seguir a carreira de advogado, devido ao seu passado criminoso.


“Naquela época, eu era apenas um criminoso com um sonho. Eles me aconselharam a [estudar] para ser mecânico”, relembrou.

Admissão como defensor público

Após a graduação, Edward conseguiu uma bolsa de estudo para fazer pós na Universidade de Detroit Mercy. Mais tarde, ele conseguiu um cargo na Defensoria Pública Federal do Distrito de Columbia.

Para comemorar a admissão do ex-réu e agora amigo, o juiz Bruce dirigiu mais de oito horas para reencontrá-lo e passar um dia com ele e sua família.

Apesar dos quase quinze anos de trabalho árduo, estudos e perseverança que Edward investiu em si mesmo, não havia garantia de que ele realizaria seu sonho de se tornar um defensor público.

Ele estava preocupado que seus antecedentes criminais barrassem sua admissão, invalidando as 1.200 páginas de sua tese de aplicação (que é necessária para se tornar membro do judiciário nos EUA).

“Eu os deixo saber que estou arrependido – que estou realmente envergonhado”, disse Edward sobre seu passado. “Eu sou a mesma pessoa, mas penso de maneira diferente. Eu evoluí”, resumiu o advogado.

Depois de apenas 15 minutos de deliberação, o conselho de magistrados aprovou o ingresso de Edward.

Foi um momento emocionante e todo mundo começou a chorar no tribunal – lágrimas de alívio e felicidade!

Por fim, Edward fez seu juramento, com o mentor e apoiador de longa data ao seu lado. Agora, eles são colegas de Judiciário: um atuando como juiz de primeira instância e o outro como defensor público. Que história! 🥰

(Por: Gabriel Pietro / Por CNN / Fotos: FOX 2 Detroit / Fonte: razoesparaacreditar.com)

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5 Comentários

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Rezemos para que ele honre a confiança que a sociedade lhe confiou. continuar lendo

PARABÉNS Edward ...

Você é a prova viva de que as instituições nem as opiniões contrárias não tem o condão de mudar o homem nem sua conduta...

Porém sua força intrínseca e o real desejo de mudança gera conquistas!!!

PARABÉNS GUERREIRO !!! continuar lendo

Quando a pessoa quer, consegue mudar continuar lendo

Se o juiz decidiu dentro da Lei, não fez mais que a obrigação. Se o fez fora da lei aí tem um problema grave... Alguns merecem a segunda chance? Depois de cumprir a pena, corram atrás das novas oportunidades, o que não pode é a vítima arcar com o peso da escolha do criminoso... continuar lendo