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26 de Abril de 2024

Mulher cai na igreja, pede indenização e juíza nega: “Geração mimimi”

Publicado por ADVOCACIA DIGITAL
há 3 anos

A juíza Marli de Fátima Naves, que atua na comarca de Vianópolis (GO), cidade que fica a 92 quilômetros de Goiânia, negou o pedido de indenização feito por uma mulher contra a Arquidiocese de Goiânia, após ter caído de uma cadeira, durante a missa, e expressou na sentença: “geração do mimimi”.

“Infelizmente, a sociedade adulta chegou numa triste fase do não posso ser contrariado, que na vida civil, quer na congregação dos santos, uma espécie da já famosa geração do mimimi, o que não se espera de alguém que alcançou a idade madura, que deveria refletir proporcionalmente na maturidade”, escreveu.

O caso ocorreu em 2019, durante a Novena em Louvor a São Geraldo. A cadeira da igreja teria quebrado, quando a mulher se sentou, e ela sofreu uma queda. Constrangida, a mulher entrou com ação na Justiça em busca de indenização por danos morais, danos estéticos e danos materiais.

A sentença foi proferida no sábado (27/3). A juíza entendeu que não ficou caracterizada a culpa da igreja e que a situação ocorreu por motivo fortuito, ou seja, que era impossível de prever. “Nenhum pároco colocaria uma cadeira propositalmente com intuito de provocar a queda de qualquer de seus fiéis”, afirma, na decisão.

A magistrada chamou, ainda, a atenção para a banalidade do caso: “ora, quem nunca caiu de uma cadeira, nos pisos escorregadios das igrejas primevas, ou, até em sua própria residência, sentando-se naquela cadeira de longos tempos, que muito ornou o cenário de belas conversas”.

No entendimento de Marli de Fátima, não houve dolo ou culpa da igreja no que ela considerou evento fatídico. Ela pontuou, ainda, a ausência nos autos de alguma foto da cadeira ou prova testemunhal que pudesse comprovar o “defeito ou inaptidão para comprovar o peso de uma pessoa ao se sentar”.

“Que exemplos se dá com um pedido como os dos autos aos gentios, será esse o evangelizar que Jesus pregou na cruz do Calvário?”, questiona a juíza na sentença.

O Metrópoles não conseguiu contato com a Arquidiocese de Goiânia para comentar a respeito do caso até o fechamento deste texto. A defesa da autora do pedido não foi localizada.

(Por: Galtiery Rodrigues / Fonte: www.metropoles.com)


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14 Comentários

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A sentença me parece medíocre, magistrada totalmente parcial demonstrando suas convicções pessoais no proceder dos fatos, algo que é totalmente dispensável e pouco interessa aos litigantes. Já a autora atua com infantilidade, uma simples queda não irá causar um abalo em sua personalidade. Contudo, se essa queda a lesionou de alguma forma, evidente seu direito de indenização, contrariando o entendimento da magistrada, a igreja atua com culpa por não fiscalizar as condições de uso de seu local de liturgia. Pensar da maneira da magistrada, que entende não haver culpa ou dolo porque nenhum pároco queria o resultado, seria o mesmo que isentar de culpa várias igrejas que deixam de realizar fiscalizações em suas estruturas causando queda do próprio telhado, como ocorreu na Universal, Renascer e etc. continuar lendo

Concordo também. Geração de gente frouxa, que herdou de nossos antepassados, ao longo dos últimos cinco mil anos de História um mundo livre, graças a lutas sangrentas, sem medo de morrer, mas com fé e esperança em um futuro melhor e acima de tudo, LIVRE. Agora, que herdamos o "mundo perfeito", qualquer coisinha "ofende". Mas não "ofende" essa geração, a retirada abrupta de todas as liberdades conquistadas a duras penas e que lhes foi passada por herança. Aí não, ai "o Estado poooode". Pra nos "proteger". Pois é. Geração mimimizenta mesmo, concordo com tudo e tenho muita PENA das futuras gerações, que jamais irão experimentar o mundo livre que herdamos e experimentamos enquanto pudemos. Agora, essa geração, entrega tudo que é importante e cobra tudo que não é importante. Basicamente: "eu te dou minha casa, desde que eu possa morar nos fundos de favor" (essa é a mentalidade dessa triste geração). O povo luta por "morar nos fundos de favor", numa propriedade que, se tivesse PEITO de lutar por ela, seria TODA SUA. Não sabem nada sobre luta e conquista. Uma lástima que o mundo tenha chegado a isso. Vamos deixar as picuinhas de lado e lutar pelo que realmente importa. Isso sim, será uma atitude que poderá melhorar o mundo (pelo menos, não piorar o mundo, que é o que estão fazendo). continuar lendo

Sentença perfeita, culta, madura. Mas a geração do mimimi, a la Paulo Freire e Gramcismo na veia, continua abalada. Sequer conseguem ler um texto, quanto mais compreender que dissabores da vida, como a queda de uma cadeira, não é um dano reparável.Somente a cadeira merece reparo! continuar lendo

Freire, Gramci... onde tem isso no fato abordado? continuar lendo

Negar o pedido de indenização correto. Mas o linguajar inadequado foi triste. continuar lendo